Brasil ganha Estratégia Nacional de Economia Circular
- Amanda Kloh
- 6 de ago. de 2024
- 3 min de leitura
Em um passo significativo para promover a sustentabilidade e a inovação no Brasil, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou na quinta-feira 27 de junho de 2024, durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão, o Decreto que institui a Estratégia Nacional de Economia Circular (ENEC).

A iniciativa, coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), tem o objetivo de promover a transição do modelo de produção linear – aquele que vai da extração, passa pela produção e termina no descarte - para uma economia circular, incentivando o uso eficiente de recursos naturais e práticas sustentáveis ao longo da cadeia produtiva.
A economia circular é uma nova forma de pensar o nosso futuro e como nos relacionamos com o planeta, dissociando a prosperidade econômica e o bem-estar humano do consumo crescente de novos recursos (Ideia Circular).
No que a Estratégia Nacional de Economia Circular se baseia?
Considera circular todo o sistema econômico de produção que mantém o fluxo circular de recursos e associa a atividade econômica à gestão circular dos recursos, por meio da adição, retenção ou recuperação de seus valores, e que se baseia nos princípios da não geração de resíduos, da circulação de produtos e materiais e da regeneração. É um novo olhar capaz de garantir uma transição justa e inclusiva.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin afirmou: “Damos hoje mais um passo largo em direção à neoindustrialização, reforçando o papel do governo no fomento a uma indústria sob novos pilares, gerando inovação, novos negócios alinhados ao crescimento sustentável e responsável, criando empregos e reduzindo significativamente o impacto ambiental das atividades produtivas e de consumo”
Para a Expert Integrativa da Siklo, Amanda Kirst Kloh, a ENEC consolida uma estratégia que menciona a criação de metas, padrões e indicadores importantes a serem levadas em consideração para uma mudança de acordo com a perspectiva e potencialidade brasileira diante da transição circular. "Nós ficamos muito esperançosos que a proposta inicial já cita o fomento à inovação, a cultura e a educação, indicando a sua importância para redesenharmos nossos formatos de produção. A ENEC vai de encontro com tudo que a inciativa Siklo já vem desenvolvendo e isso mostra o quanto podemos ser relevantes para a construção da nossa sociedade como apoio dessa transição”.
Agora tudo gira em torno de se criar o ambiente necessário com acesso a ferramentas e conhecimentos atualizados sob esse novo olhar para apoiar líderes capazes de mexer no status quo e a ENEC segue muito bem alinhada com a Siklo quando busca democratizar o acesso a esse conteúdo para uma mudança acelerada do mercado. "É um conhecimento tão rico e necessário frente as exigências do mundo atual que ele não pode ficar preso única e exclusivamente nas academias, universidades e grandes empresas. Os micro e pequenos negócios já vem a algum tempo adotando várias destas práticas, muito por necessidade, e o acesso a informações claras sobre o tema podem ajudá-los a direcionar cada vez mais suas ações para promover uma mudança. Muitas atividades já são circulares em vários aspectos, elas apenas não sabem sobre isso ou como comunicá-las. Com certeza, podem ser os verdadeiros protagonistas desta revolução", diz Amanda.
Benefícios para o Brasil
Em menos de 300 anos tivemos um desenvolvimento econômico, político e social mais intenso do que os três mil anos anteriores. Mas, ao longo desse processo, também impôs muitas perdas, principalmente no que diz respeito ao custo para o meio ambiente e para a saúde das pessoas e da sociedade. Neste cenário, a economia circular pode trazer inúmeros benefícios para o nosso país, como a:
Geração de renda e empregos baseados em negócios circulares
Redução nas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs),
Reversão da perda da biodiversidade global
Redução da poluição do ar, do solo e da água
Redução da dependência de materiais virgens, uso de energia e custos com gestão de resíduos
Nós ganhamos como meio ambiente e sociedade, com aumento de inovação e competitividade dos produtos produzidos no mercado interno. Além disso, a economia circular abrirá um leque de oportunidades para novos negócios e serviços, gerando emprego e renda em diversos setores da economia.
E você? Quer aprender mais sobre Empreendedorismo pela ótica da Economia Circular?
Se você tem interesse em conhecer mais sobre esse tema, acesse o Programa de Modelagem Circular, o primeiro programa para modelagem de negócios circulares do Brasil. Se avançamos tanto até aqui, por que não poderíamos ir além?
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